Retrospectiva

Dias 03, 04, 05, 06, 07 e 08 – 19 a 24 de Junho

Dias 03 e 04 - 19 e 20 de Junho.

Permanecemos em Manaus, no domingo 19, fizemos um passeio de 100 Km até um café regional na companhia do Ruy Tiradentes e integrantes de vários motoclubes, almoçamos em um restaurante flutuante com o Joelmir, sua esposa e alguns amigos. Na segunda fomos até o DETRAN tirar o nada consta das motos, que graças ao Ruy foi rápido, de lá na companhia também do Ruy fomos retirar a peça da moto do Waldez e fazer a troca na oficina do Zequinha. Almoçamos em um restaurante popular Jaraqui e Pirarucu fresco fritos, acompanhado de baião de dois e muito papo do bom, em seguida fomos para casa do Joelmir, arrumar a tralhas nas motos para viagem.

Dia 05 – 21 de Junho – Manaus para Boa Vista – 769 Kms.

Iniciamos a expedição sobre duas rodas, saímos por volta das 05 horas da manhã, com o dia ainda escuro, após a despedida do Joelmir e esposa, registrei a kilometragem da BMW (1807 Kms), abastecemos as moto, e seguimos viagem, os primeiros 250 kms foram tranqüilos a estrada de razoável para boa, atravessamos a reserva sem problemas, porém os 300 kms seguintes foram um verdadeiro off-road, sem asfalto, muita lama, onde encontramos o companheiro Manoel em uma BMW Adventure, Chileno que saiu de casa a 01 mês vindo do Ushuaia a caminho também do Alasca, o qual se engajou de imediato na Expedição, assim como foi o Silvio ano passado na ida para o Ushuaia. Chegamos a Boa Vista já de noite e nos hospedamos no primeiro Hotel que encontramos, exaustos e todo cheio de lama.

Dia 06 – 22 de Junho – Boa Vista (parada em Pacaraima) – Km 48 – 487 Kms.

Saímos por volta de 5.30 Horas da manhã de Boa Vista para fazer os tramites de entrada na Venezuela em Pacaraima, rodamos cerca de 200 Km e chegamos por volta das 7.30 Hs, fizemos o cambio de Bolivares logo na chegada, e fomos até Santa Helena de Uairen, fazer o seguro das motos, gastamos toda a manhã e parte da tarde nos tramites, saindo de Pacaraima por volta de 15 horas, entramos na Venezuela e logo de cara fomos assediados por uma Alcabala, que apesar da insistência não levou nenhum Bolívar, passamos por uma região muito bonita subimos a 1500 metros acima d nível do mar, com curvar perfeitas e uma paisagem deslumbrante, fomos obrigados a dormir no Km 48, que segundo o Waldez já foi uma currutela na época áurea do garimpo, pouso de muitos garimpeiros brasileiro, cidadezinha sem estrutura nenhuma e acomodação de baixa qualidade.

Dia 07 – 23 de Junho – Km 48 – Caicara – 830 Kms.

O nosso navegador o Mestre dos Magos (vulgo Waldez) sugeriu que seguíssemos por esta rota , o que foi aceito por unanimidade pelo grupo, e que apesar de não ser usual seria mais curta, deparamo-nos com um verdadeiro off-road, deixando o rípio de Ushuaia no chinelo, no caminho a minha moto acusou um alerta de óleo no painel, quando desci para checar, notei que o parafuso de abastecimento de óleo da caixa de marcha estava frouxo e com vazamento de óleo (furo da concessionária na revisão de entrega da moto), apertei e o alerta sumiu, seguimos viagem e o problema voltou a ocorrer na entrada de Caicara, onde dormimos e deixamos para checar o problema no dia seguinte. Neste trajeto ocorreram duas situações complicadas, primeiro o Waldez quare sofre um acidente, na saída de um abastecimento, eu atrás quase me envolvo no mesmo, e ainda perdi todo o saldo do dinheiro que tinha cambiado na fronteira cerca de 2.000,00 bolivares, equivalente a 400,00 reais, coloquei no casaco e esqueci o bolso aberto, pelo menos fiz um venezuelano feliz com esse dinheirinho extra (imaginem - R$.1,00 = 5,00 Bolivares – o abastecimento das 03 motos cerca de 60 litros de gasolina custa 3,00 bolivares.....parece brincadeira mas é verdade)...hehehe...

Dia 08 – 24 de Junho – Caicara – San Fernando - 422 Kms.

Após confirmamos que o vazamento do óleo da caixa de marcha, em decorrência do parafuso sem aperto tinha sido insignificante, saímos do hotel por volta das 9 horas, completamos o óleo das BMWs, minha e do Manoel, pegamos uma balsa que levou uma hora e meia na travessia, e seguimos caminho rumo a San Fernando, para nossa surpresa o Ralye ainda não tinha acabado, pelo contrario estava apenas começando, enfrentamos trechos de muita dificuldade, com chuva e muito calor, verdadeiro Dakar na Venezuela, passamos por lugares desertos e sem apoio nenhum, mas a equipe se deu bem, e conseguimos chegar por volta das 10 das noite sem baixas, e como diz o amigo Edi, o importante é que todos estávamos bem...
A impressão que fica até aqui, é que, a Venezuela é um pais, bastante castigado pela ditadura, e na maior parte dos lugares que passamos o povo chega a ser miserável, as filas para abastecimento de combustível é imensa, as habitações são precárias, os carros são na grande maioria sucatas, e a malha viária está se degradando...apesar do povo ter um grande sentimento de nacionalismo...

As fotos e videos vou postar quando chegar a Bogotá, provavelmente no domingo, lá teremos mais rrecursos e disponibilidade de tempo e internete....Abs...